terça-feira, 2 de setembro de 2008

Cena Aberta: Os desencontros do OLHA VOCÊ


Cena Aberta: Os desencontros do Olha Você -->


O SBT viveu hoje seu momento de Globo. A emissora parecia uma estreante: todos com medo de errar, igual a toda poderosa, campeã no assunto.

O Criança Esperança é o maior exemplo disso: tudo ensaiado, tudo bonitinho, e, no final das contas, dá tédio assistir. Já o SBT não, sempre foi especialista em improviso e programas ao vivo. E com a estréia do Olha Você, deixaram a desejar nesses quesitos.


Logo no início vieram os primeiros “cacos”. Totalmente dispensável aquela abertura com os apresentadores “escolhendo” roupas, receitas, e, depois, todos entrando juntos, ”brincando” de um por todos e todos por um. Em seguida, descompassados ao descer a escadaria. Longa demais, por sinal, ficou visível quando a convidada, jogadora de futebol, demorou para chegar até eles.

Claudete Troiano foi a campeã de nervosismo. Falava rápido demais e até em cima dos outros apresentadores. É claro que num primeiro dia isso é perdoável, mas, em uma atração com quatro apresentadores, vão ter que aprender a brincar de par ou ímpar. Todos falando ao mesmo tempo não dá.


O Francesco Taralo está muito cru, totalmente despreparado. A direção pode cair em cima e dar umas dicas para o rapaz. Já começou pagando mico chamando o Gugu, e, segundos após, completando com Liberato.


Na hora da receita, logotipo em cima dos ingredientes. Houve desencontros entre o Alexandre Bacci e a Rosana, do jornalismo – que por sinal mandou muito bem. Vários entrevistados saíram sem créditos, e, um deles, o do cartunista, saiu trocado com o rapaz que faz entregas com bicicleta.


Na reportagem do Terraço Itália, uma tremenda dúvida no ar. Primeiro que a Claudete perguntou aos demais apresentadores se eles conheciam, e, quando foram responder, ela os cortou. Depois, disse para a repórter que o céu estava lindo, azul, e, o que víamos, na verdade, era um céu totalmente poluído e cinza. O problema, no entanto, é que quem não conhecia o tal Terraço, continuou não conhecendo, porque não mostraram a fachada do local e nem de fato o que é esse espaço. É só pra ir lá em cima e ficar olhando a tenebrosa vista?


E, ao final, o menos compreensível de tudo: cortaram uma reportagem, e, novamente “embananados”, encerraram o programa, para, afinal de contas, abrir espaço para Eu, a Patroa e as Crianças. Qual a lógica disso?


Dá pra se listar uma série infindável de “cacos” que passariam despercebidos na Globo, pois, como disse logo de pronto, a emissora é especialista nesse negócio de fazer tudo perfeitinho. Mas logo o SBT querer enveredar por essas bandas? Pára com isso, a praia de vocês é outra!


Os “cacos”, todos eles são perdoáveis, é estréia. No final, a gente parabeniza a emissora por ter investido em uma atração que, com um ajuste aqui, outro ali, pode ser uma boa opção para os finais de tarde, ainda mais quando a gente passa pela concorrência e vê qual o cardápio oferecido.

Palmas também para Ellen Jabour, que, surpreendentemente, foi a que mandou melhor. Estava mais confiante.

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